Читать книгу Conta-me os teus segredos - Contrato nupcial онлайн | страница 4

– Foi por isso que vieste? Precisam que alguém cuide dela durante algum tempo?

– Não, não. A avó de Connor está a cuidar dela. Mas… não é justo pedir-to, mas estava a perguntar-me, quero dizer que estávamos a perguntar-nos, se te importarias de regressar e gerir a contabilidade da quinta durante algum tempo.

– Claro que o farei. Não me importo – declarou, dadas as circunstâncias.

– Sei que estás muito ocupada e que…

– Mike, não há problema. Alex e Connor também são meus amigos. Fico contente por poder ajudar.

– Obrigado, Grace – agradeceu ele, claramente aliviado.

– De nada. Tentarei ir amanhã e começar a rever as contas.

Aquilo era exactamente o que ela precisava para se atormentar, ver Mike todos os dias no Circle M. Como uma lembrança contínua do que não podia ter. Mas a verdade era que precisava de fazer alguns arranjos na sua pequena casa daquela vila chamada Alberta e precisava do dinheiro.

– Acho que devia ir-me embora – replicou ele, num tom de voz baixo. – Tenho de fazer vários recados e, depois, bom, precisamos de mão-de-obra no rancho. E os pedreiros vêm por volta das nove.

– Os pedreiros?

Mike sorriu abertamente e o efeito foi devastador, fazendo com que o coração de Grace acelerasse.

Os olhos azuis dele animaram-se.

– Sim. Estamos a preparar os alicerces para construir a minha nova casa.

Grace perguntou-se como não sabia daquilo. Mike Gardner, com o seu próprio negócio e, naquele momento, uma casa.

– De qualquer forma, se precisares de alguma coisa, simplesmente, passa por Windover – replicou Mike, que se referia à casa pelo seu nome legítimo, embora todos a conhecessem como Circle M. – Vou ficar lá até a casa estar construída.

Grace já parara de pintar, mas ainda tinha o cabelo manchado de tinta. Afastou-o da cara e virou-se, pegando na saia de algodão que deixara sobre a cama.

A razão pela qual se mantinha ocupada… a verdadeira razão pela qual estava a aceitar trabalhos estranhos não era realmente pelo dinheiro, embora fosse sempre bem-vindo.

Simplesmente, precisava de se manter ocupada. A sua vida estava muito vazia. Não tinha ninguém a não ser ela própria e isso não ia mudar. Portanto, em vez de ficar em casa a desperdiçar tempo, trabalhava. Ter as mãos ocupadas ajudava-a a esquecer-se dos desastres que tinham acontecido no passado. E gerir as contas do rancho deixá-la-ia ocupada durante mais tempo.


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